As cirurgias eletivas, aquelas sem caráter de emergência, que estavam suspensas desde fevereiro deste ano por causa das medidas restritivas de enfrentamento à covid-19 no Estado, foram liberadas pelo Governo de Minas.
A decisão foi tomada pelo Comitê Extraordinário Covid-19, que é formado por especialistas que acompanham a situação da pandemia no Estado, e divulgada nesta quinta-feira (24) em uma nova resolução da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG).
A liberação, no entanto, ocorre de acordo com as normas específicas para cada onda do Minas Consciente, plano do governo para enfrentamento da pandemia e retomada segura e gradual da economia.
Na Onda Vermelha, fase em que há protocolos mais rígidos para funcionamento do comércio, serão liberados procedimentos cirúrgicos em ambientes ambulatoriais.
Já na Onda Amarela, etapa intermediária do plano, procedimentos cirúrgicos hospitalares que não demandem intubação orotraqueal (com inserção de tubo até a traqueia) ou sedação profunda ficam autorizados.
Na Onda Verde, a mais flexível, todos os tipos de eletivas ficam permitidas, mas caberá ao gestor local e da unidade de atendimento analisar a sua realidade no que diz respeito à disponibilidade de leitos, equipes, equipamentos e insumos hospitalares.
O Governo de Minas explica que as recomendações valem para as redes pública e privada. Já os mutirões para realização de cirurgias eletivas seguem proibidos
Ainda segundo o Comitê Covid, houve redução de 13% nas solicitações para internação nas últimas quatro semanas. Já a taxa de incidência da doença caiu 3% nos últimos 14 dias e 14% nos últimos sete dias.
Ondas nas macrorregiões
Ainda durante a reunião, o Comitê Covid-19 divulgou as atualizações de ondas do Minas Consciente. Em relação à última semana não houve mudanças significativas no cenário geral. Assim, 12 das 14 macrorregiões seguem na onda vermelha.
Vale do Aço e Sudeste permanecem na onda amarela, enquanto Centro, Jequitinhonha, Leste, Noroeste, Norte, Triângulo do Norte e Triângulo do Sul seguem na onda vermelha. Também nesta etapa estão as macrorregiões Centro-Sul, Leste do Sul, Nordeste, Oeste e Sul, porém se enquadram na classificação de Cenário Epidemiológico e Assistencial Desfavorável e passam por análise mais minuciosa dos indicadores de incidência e espera por atendimento.