O setor moveleiro de Minas Gerais acompanha os índices de crescimento no Brasil, que chegaram a 14,7% no primeiro trimestre de 2021.
“O que de concreto nós temos para Minas Gerais, segundo dados da Secretaria de Estado da Fazenda, é um crescimento na arrecadação do ICMS de 49,45% no primeiro quadrimestre de 2021 em relação ao mesmo período de 2020″, acredita.
“Nós temos também dois outros indicadores importantes para o setor em Minas. O primeiro é o crescimento da exportação de móveis de Minas Gerais, que atingiu o patamar de 32,8% no primeiro trimestre deste ano, quando comparado com o mesmo período de 2020. O segundo é o volume de emprego na indústria moveleira do Estado, que em fevereiro teve um ligeiro crescimento da ordem de 0,3%, que ficou acima da média brasileira de 0,2%”, esclarece.
A dirigente explica o que motivou o crescimento. “Nós já vínhamos com uma demanda bastante reprimida dos últimos anos. A pandemia contribuiu para liberar esse consumo que estava reprimido. As pessoas passaram efetivamente a viver mais em casa. Hoje, elas não apenas moram em casa, mas trabalham, estudam e se socializam em casa. Essa é uma consequência da pandemia”, afirma.
Segundo Iara Abade, a demanda é grande por todo tipo de móvel: “Vende-se de tudo, desde um colchão novo a bancada para espaço gourmet. Há demanda para todo o tipo de móvel. Há demanda do móvel pronto básico até o de alta decoração. A casa efetivamente ganhou outro valor”.
A presidente do Sindimov-MG fala sobre os aumentos dos valores da matéria prima usada no setor. “Nós tivemos uma escassez grave de matéria prima entre o último semestre de 2020 e o início de 2021, com uma disparada de preços. Hoje, a escassez está quase se normalizando. Porém, os preços de matéria prima continuam subindo. Até o ano passado, a indústria moveleira absolveu boa parte desses custos, deixando de repassá-los para o consumidor”, declarou.