A Organização Mundial de Saúde (OMS) aprovou nesta terça-feira (1º) o uso emergencial da CoronaVac, vacina contra a covid-19 desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac. A vacina é a sexta a receber a aprovação da entidade e é uma das três que estão sendo usadas no Brasil.
A declaração dada agora pela OMS é um requisito para que a vacina seja ofertada no Mecanismo Covax e para que participe de licitações internacionais. “Isso permite que países acelerem sua própria aprovação regulatória para importar e administrar vacinas contra a covid-19”, diz a entidade.
A avaliação é feita por um grupo composto por especialistas em regulação do mundo e por um Grupo de Aconselhamento Técnico. A OMS disse que, no caso da CoronaVac, a avaliação incluiu inspeções in loco do local de produção na China.
A OMS diz que a vacina usa o vírus inativado e tem requisitos “simples” para estocagem, o que a torna “muito gerenciável e particularmente adequada” para condições de “baixos recursos”.
Segundo a OMS, a vacina é recomendada para adultos a partir de 18 anos, com aplicação em duas doses, sendo o intervalo entre estas de entre duas a quatro semanas. Dados de eficácia da vacina mostraram que ela preveniu casos sintomáticos de covid em 51% dos vacinados e casos graves da doença em 100% da população estudada. Essas taxas correspondem às que haviam sido divulgadas pelo Instituto Butantan em janeiro.
A entidade nota que poucos adultos a partir de 60 anos fizeram parte dos estudos clínicos, por isso a eficácia não pôde ser estimada para essa faixa etária. Ainda assim, a OMS diz que não está recomendando um limite máximo de idade, pois dados posteriores em vários países sugerem que ela também protege os mais velhos. “Não há razão para acreditar que a vacina tenha um perfil de segurança diferente em populações mais velhas e mais novas”, diz a instituição.