O ritmo da vacinação contra covid-19 em Minas Gerais ainda é insuficiente para afastar os riscos da terceira onda da covid-19, que deixa todo o Brasil em alerta. É o que ressalta o secretário estadual de Saúde, Fábio Baccheretti, em coletiva de imprensa nesta quinta-feira (27), na Cidade Administrativa, em Belo Horizonte.
“Não está descartada possibilidade de terceira em Minas Gerais. Tudo depende do comportamento dos mineiros nos próximos dias, inclusive no próximo feriado”, destacou.
Segundo Baccheretti, apesar do temor nacional da variante indiana — que provocou a multiplicação descontrolada de casos no país asiático — uma terceira onda em Minas não está exclusivamente ligada à mutação, já encontrada no Sudeste do Brasil. Em Minas, há um caso suspeito em Juiz de Fora. O resultado do exame deve ser divulgado amanhã (28).
Transferência de pacientes
O secretário revelou que tem sido necessária a transferência de pacientes devido à alta ocupação de leitos de internação para pacientes com covid-19. As regiões com cenário mais crítico são Sul, Triângulo-Sul e Oeste. Uma força-tarefa busca também a ampliação de leitos hospitalares.
O estado possui equipamentos do chamado “kit intubação” para mais duas semanas e há garantia do Ministério da Saúde de fornecimento em breve de material para mais dois meses.
Vacinação
Os idosos mineiros já foram contemplados com pelo menos a primeira dose das vacinas contra covid-19 em Minas Gerais. Segundo Baccheretti, a vacinação reduziu o número de internações no grupo.
O estado pretende que neste mês de junho comecem a ser vacinadas pessoas entre 58 e 59 anos sem comorbidades. Ou seja, que não pertencem a grupos prioritários.