Com o iminente colapso do sistema de saúde em todo o estado de Minas Gerais, causado pelo aumento do número de casos graves de Covid-19 e a ocupação máxima dos leitos de UTI em Viçosa, a grande preocupação é em manter as estruturas para receber pacientes e evitar crises como a vista em Manaus, onde pacientes morreram por falta de oxigênio.
Em Viçosa, o Hospital São João Batista recebe os pacientes com Covid em leitos clínicos e de UTI e, consequentemente, registrou aumento no consumo de oxigênio desde o início da pandemia. O HSJB possui uma usina própria, capaz de produzir 27m³ do gás por hora. O consumo atual, de acordo com a direção do hospital, está atualmente na faixa de 20m³/hora. “Não trabalhamos com folgas, mas conseguimos estar dentro das condições para não faltar”, afirma o Diretor Administrativo Sérgio Pinheiro.
Antes da pandemia, o consumo médio ficava entre 13 e 15m³/hora. O aumento se dá pelo fato de que os pacientes mais graves demandam oxigênio 24h por dia, já que o vírus compromete a função respiratória.
Sérgio disse que o HSJB trabalha com cilindros alternativos para suprir uma eventual demanda acima da capacidade de produção da usina. Em recentes picos de luz registrados no HSJB, a usina baixou a produtividade e os cilindros foram utilizados. “Se passarmos por dificuldade, temos fornecedores para entregar o oxigênio no hospital”, garante Sérgio.
Entretanto, a principal dificuldade enfrentada pelo hospital em Viçosa é a mesma vista no restante do país: a falta de cilindros para armazenar o oxigênio, já que a demanda aumentou consideravelmente. De acordo com Sérgio Pinheiro, nos últimos dias, o hospital vem buscando ampliar a capacidade de reserva de oxigênio como medida de segurança em função do aumento de internações. “Estamos pegando emprestado cilindros na UFV e em municípios vizinhos para armazenar e usar caso necessário”.