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Preços de carnes e ovos devem ficar até 50% mais caros até o final deste ano

Volume de vendas para o exterior e custo de produção são as razões para os altos preços
Fonte: Redação / Itatiaia
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Foto: Gabriel Rezende / Itatiaia

Já nas alturas, preço das carnes e dos ovos pode ficar até 50% mais caro até o fim deste ano. A estimativa foi divulgada pela Federação da Agricultura e Pecuária de Minas Gerais (FAEMG).

De acordo com entidade, somente nos últimos 12 meses o milho teve uma elevação de mais 100% e a soja cerca de 50%. E uma vez que esses produtos são considerados insumos para produção de carnes e ovos, o aumento significativo tem impacto direto no preço dos produtos.

Com os preços destes alimentos já bem salgados, os consumidores de Belo Horizonte reclamaram bastante com possibilidade de novos aumentos. “O que eu percebo é que está muito difícil, ultrapassando os limites. Não dá para comprar nada” desabafou a auxiliar de saúde bucal, Fabíola Ribeiro.

Já Roseane Rezende Moreira Correia, de 62 anos, fez um apelo para que o Governo olhe com carinho para o problema. “O Governo poderia olhar isso com mais carinho, porque a situação da população pobre está cada vez mais difícil. Daqui a pouco o pobre não come” cobrou a consumidora.

O analista de agronegócios da FAEMG, Wallison Lara Fonseca, explica que o grande volume de vendas para o exterior e custo de produção são as razões para os altos preços. “O que explica a atual conjuntura do mercado pecuário é a conhecida lei de oferta e demanda. No mercado bovino nós estamos vivenciando a entressafra, onde há uma escassez na oferta da matéria prima devido as pastagens estarem comprometidas com geadas e com baixa produtividade” pontuou.

“O confinamento que seria uma segunda estratégia, ele tem tornado inviável devido ao alto custo de produção. Aves e suínos também tem sido muito comprometido em seu custo de produção, devido aos insumos alta do milho e da soja. Para o segundo semestre de 2021 o mercado pecuário tende se manter nesse patamar. Lembrando que a demanda externar ela fica mais aquecida no segundo semestre. O dólar no patamar que está fica muito interessante as exportações” explicou o analista.

 

 

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