Assim como a população se revoltou com mais um reajuste nos preços dos combustíveis, os donos de postos também repudiam esse aumento previsto para entrar em vigor nesta terça-feira (2). A Petrobras anunciou aumento de 4,8% no litro da gasolina, 5% no litro do diesel e 5,2% do gás de cozinha.
O posicionamento da categoria foi divulgado nesta segunda-feira (1º) pelo presidente do Minaspetro, o Sindicato dos Revendedores de Combustíveis de Minas Gerais, Carlos Guimarães.
“Infelizmente, hoje, nós recebemos a notícia de mais um aumento na refinaria e mais um aumento de preço do petróleo na gasolina e no diesel. Infelizmente, como a gente já se manifestou em outras vezes, é muito ruim para o consumidor, é muito ruim também para os donos dos postos e até para sociedade. Quando o diesel ou a gasolina sobe, acaba impactando em todos os preços dos produtos. Isso porque todos os nossos produtos são transportados por caminhões no Brasil”, explica.
Ele completa: Nós, donos de postos, estamos aqui para dizer que estamos juntos com os consumidos e repudiamos esses aumentos. Esse aumento é ruim para os postos, para os consumidores e para toda sociedade”.
Caminhoneiros
O reajuste preocupa e revolta quem depende dos combustíveis para trabalhar. O presidente do Sindicato Interestadual dos Caminhoneiros (SUBC), José Natan, pede providências do poder público e diz que a categoria está sufocada.
“Espero que as autoridades, o comando da Petrobras, o comando do Brasil, através do Presidente da República, tomem juízo e achem uma forma correta para dar condição de as pessoas trabalharem com equilíbrio”, finaliza.
Grupos de caminhoneiros que vêm fazendo ameaças de paralisação sem sucesso nos últimos meses voltaram a tentar articular uma nova greve. O presidente do Conselho Nacional dos Transportadores Rodoviários de Cargas (CNTRC), Plínio Dias, diz que está orientando os motoristas a pararem o trabalho imediatamente em protesto contra a alta.
Ele foi um dos articuladores da última tentativa de greve no início de fevereiro, que não foi adiante. Apesar do posicionamento do conselho, a categoria segue dividida como em momentos anteriores.