No próximo domingo (9), será celebrado o Dia das Mães, considerada a segunda melhor data de vendas para o comércio. Os impactos da pandemia de covid-19, no entanto, que tem provocado, além de adoecimentos e mortes impactos na vida financeira dos brasileiros, os comerciantes estão receosos com as vendas.
Conforme pesquisa realizada pela Fecomércio com lojistas de Minas Gerais, 58,5% dos entrevistados acreditam em vendas menores; 23,2% estimam vendas melhores e 18,3% avaliam que as vendas vão ficar no mesmo patamar ou não souberam responder.
A análise da Confederação do Comércio, entretanto, aponta para aumento de 40% nas vendas, totalizando cerca de R$ 1,1 bilhão. Os números não levam em conta a percepção dos comerciantes, mas se baseiam numa análise da atual conjuntura econômica do país.
Segundo o economista Guilherme Almeida a expectativa positiva se deve ao processo de reabertura. “Temos um momento conjuntural mais propício ao funcionamento dos estabelecimentos. Em 2020 foi um Dia das Mães marcado por restrições em Minas Gerais. Neste ano a data será marcada pelo processo de flexibilização das atividades”, destaca.
“Esperamos um aumento no volume de vendas, justamente por conta deste processo de flexibilização, pelo apelo emotivo e comercial que a data carrega. Muitos consumidores compram itens para presentear as mães”, prossegue.
Apesar disso, ele pontua que o momento “exige certa cautela porque os indicadores macroeconômicos, principalmente os relacionados ao consumo, estão em franca deterioração. Se compararmos com o período do ano passado, temos um desemprego mais elevado e uma renda mais achatada. Temos um auxílio emergencial em menor patamar”, considera.