Um trabalho pedagógico mais individualizado, focado nas necessidades do estudante e uma metodologia de ensino mais dinâmica e interativa são características das aulas do programa de Reforço Escolar, ministrados na rede estadual de ensino de Minas Gerais. Com aulas extras, o aluno tem a oportunidade de ter um acompanhamento mais próximo do professor e tirar dúvidas sobre os conteúdos.
No segundo semestre deste ano, a iniciativa é direcionada aos alunos da rede estadual de ensino que estão no 6º ou no 9º ano do ensino fundamental e no ensino médio, que estão em progressão continuada e apresentaram aproveitamento inferior a 60% em Língua Portuguesa e Matemática no primeiro bimestre; ou que desistiram da escolarização, mas voltaram este ano na campanha de busca ativa. Esses estudantes terão a oportunidade de recuperar habilidades ainda não consolidadas.
Ao todo, serão oferecidas cerca de 150 mil vagas para o Reforço Escolar nesse segundo momento de formação de turmas do programa. “Nosso foco são estudantes que, para vencer o ano de escolaridade de 2021, precisam de suporte. Daí a importância de participar do reforço: nas aulas extras os professores desenvolvem um trabalho mais próximo e focado nas necessidades do aluno”, explica a superintendente e Políticas Pedagógicas da SEE/MG, Esther Barbosa.
Participação
Para participar da iniciativa é necessário entrar em contato com o diretor da unidade de ensino. As escolas também estão se organizando e buscando as famílias para explicar como funcionará o reforço escolar e saber do interesse dos estudantes em participar. O ingresso nas aulas extras depende da adesão de pais e/ou responsáveis pelo estudante.
No Reforço Escolar, são ministradas aulas voltadas para os conteúdos de Língua Portuguesa e Matemática. Os encontros virtuais podem ser no 6º horário ou no contraturno. As aulas são pelo aplicativo Conexão Escola 2.0 e, nos casos em que o estudante não tiver acesso à internet, a escola deve disponibilizar as atividades preparadas pelo professor de forma impressa.
1º semestre
No primeiro semestre deste ano, o programa contou com a participação de mais de 25 mil estudantes. Dentre eles, estavam alunos que tiveram dificuldades em entregar o Plano de Estudo Tutorado (PET) ao longo do ano letivo de 2020 e que, durante a avaliação diagnóstica, demonstraram que ainda não haviam consolidado determinadas habilidades.
Para os alunos da rede estadual que participaram da iniciativa, as aulas impulsionaram um melhor desempenho durante o ensino remoto, como conta o estudante do 2º ano do ensino médio da Escola Estadual José da Silva Couto, em Contagem, Wyller Rocha Esteves. “Eu evoluí muito em Matemática e pretendo melhorar nos outros conteúdos também. Os professores estão se empenhando e se esforçando para nos ajudar”, relata.