A fila de pacientes com covid-19 que aguardam um leito de UTI em Minas Gerais tem 714 pessoas. Outros 1.242 infectados pelo novo coronavírus esperam por um leito de enfermaria no estado. Os dados foram informados pelo governador Romeu Zema (Novo) na noite dessa quarta-feira (24).
“Hoje ( quarta-feira), temos 714 pacientes aguardando leito de terapia intensiva, e 1.242 à espera por leito de enfermaria no Estado. Estamos acompanhando um aumento rápido de pacientes em estado grave. Por isso, é muito importante que os municípios sigam a onda roxa”, escreveu o governador em sua conta oficial no Twitter.
Zema ainda destacou a importância da manutenção das restrições mais rigorosas no estado. “É dessa forma que a propagação do vírus vai diminuir e a ocupação nos hospitais também. Se respeitarmos as medidas necessárias, mais rápido iremos voltar ao normal”.
Onda roxa mantida
Todas as macrorregiões de Minas Gerais permanecerão na onda roxa até o fim da Semana Santa, em 4 de abril. A decisão foi tomada nessa quarta-feira (24) durante reunião do Comitê Extraordinário Covid-19, grupo que se reúne semanalmente para avaliar o avanço da pandemia no estado.
Conforme o governo, a ‘manutenção das medidas mais restritivas do plano Minas Consciente é necessária para que o sistema de Saúde restabeleça sua capacidade assistencial à população. A Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) estima que os resultados do isolamento aparecerão com, ao menos, 14 dias de onda roxa nos municípios mineiros’.
“Ficou decidido hoje (quarta-feira) que o estado vai prolongar até o domingo de Páscoa a onda roxa. Iremos prolongar os 15 dias já estabelecidos previamente para que a gente garanta que a incidência do estado caia e menos pacientes fiquem esperando por leitos nos hospitais”, disse o secretário de Estado de Saúde, o médico Fábio Baccheretti.
Ocupação
Outro dado que preocupa o Comitê Covid é que 12 das 14 macrorregiões mineiras têm hoje mais de 90% dos leitos de UTI exclusivo Covid ocupados. Somente Jequitinhonha e Noroeste apresentam ocupação de 68% e 83%, respectivamente. No entanto, a região Jequitinhonha possui um número menor de leitos de terapia intensiva.
Também é ponto de atenção o aumento da incidência da doença em cidades com menos de 30 mil habitantes. Atualmente são apenas 141 municípios desse porte com menos de 50 casos a cada 100 mil habitantes nos últimos 14 dias. Em outros momentos da pandemia esse número foi superior a 600 cidades.