O preço das frutas e hortaliças na Central de Abastecimento de Minas Gerais (Ceasa) estão mais caros no mês de setembro, devido a uma influência do clima. Mas ao contrário do que muitos pensam, não é a seca que está interferindo, e sim o frio e as geadas que atingiram os produtores entre os meses de julho e agosto deste ano.
De acordo com o Chefe da Seção de Informação de Mercado da Ceasa Minas, Ricardo Martins, o comportamento do mercado na primeira quinzena deste mês representa uma alta de 7,7% no preço médio, quando comparado aos valores registrados há 30 dias.
“O principal motivo para o aumento continua sendo as baixas temperaturas ocorridas nos meses de julho e início de agosto, inclusive com a ocorrência de geadas em várias regiões. Os principais destaques de altas, entre as hortaliças, ficaram com o tomate Longa Vida que apresentou uma elevação de 29,5%, a mandioca com alta de 28,6% e a batata inglesa com 22,4% de elevação. No grupo das frutas, o mamão formosa com o aumento de 58,1% no preço, a laranja Pera com alta de 32,1% e a melancia com 13,5% de alta”, detalhou.
Por outro lado, segundo Ricardo, alguns produtos estão mais baratos na Ceasa, o que pode ser uma forma de driblar a alta dos outros produtos.
“A abobrinha italiana, por exemplo, sofreu uma redução de 60,4%, isso é o preço médio. O quiabo teve uma redução média de 50,8% e o repolho de 23%. Dentro das frutas, as principais quedas aconteceram com a banana nanica que sofreu uma redução de 14,1% em seu preço e o morango com queda de 19,2%. Os ovos também tiveram seus preços em queda da ordem de 8,8%. O mercado continua recebendo boas ofertas, não demonstrando risco de desabastecimento”, garantiu.