O Brasil ficou em 21º lugar em um ranking de crescimento econômico de 50 países em 2020, segundo a agência de classificação de risco Austin Rating. Nesta quarta-feira, 3, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) anunciou que o Produto Interno Bruto (PIB) do País recuou 4,1% no ano passado ante 2019, o terceiro pior resultado da história.
Os dados confirmam as projeções feitas em outubro pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) para 2020. Com a crise da covid-19 e seus impactos na economia mundial, o PIB do Brasil passaria de US$ 1,8 trilhão no ano passado para US$ 1,4 trilhão até o fim do ano passado – o que levaria a economia brasileira a ser ultrapassada por Rússia, Coreia do Sul e Canadá, o que de fato ocorreu. Para 2021, a estimativa é que o País desça ao 14º lugar.
Com o resultado do PIB divulgado nesta quarta, o Brasil ficou logo atrás, em termos de desempenho, de Bulgária, Romênia e Holanda (todos com -3,8%), Letônia (-3,6%) e Estados Unidos, que aparece na 16ª posição, com uma queda de 3,5% no PIB anual.
Entre os países da América do Sul listados, a Colômbia está no 38º lugar, com um recuo de 6,8% no PIB, e o Peru ocupa a lanterna do ranking, com uma perda de 11,1%. Os três primeiros lugares do levantamento são ocupados por Taiwan (+3,1%), China (+2,0%) e Turquia (+1,6%), únicas economias que cresceram no ano passado.
No quarto trimestre, entretanto, essas economias já demonstraram um crescimento mais contido. A China, por exemplo, cresceu 2,6% ante o terceiro trimestre, passando ao 15º lugar na base trimestral. O gigante asiático foi o único país do mundo onde a crise começou antes – epicentro da pandemia, registrou o tombo no PIB no primeiro trimestre, enquanto o segundo já foi de recuperação.
Já a economia brasileira foi impulsionada pelo Auxílio Emergencial e cresceu 3,2% nos três últimos meses do ano passado ficando na 11ª posição do ranking trimestral. Atingida por uma primeira e depois uma segunda onda fortes da covid-19, a zona do euro teve o pior desempenho em 2020 por região, com uma queda média das economias de 7,2%.