Um levantamento realizado pelo Tribunal de Contas de Minas Gerais (TCEMG) apontou indícios de irregularidades no cadastro de mais de um milhão de família elegíveis para receber o auxílio emergencial de mineiro. O estudo identificou que a falha pode gerar um prejuízo de cerca de R$18 milhões aos cofres do governo estadual. A análise foi feita com o apoio da Controladoria Geral do Estado (CGE-MG) e da Controladoria-Geral da União (CGU) e divulgado nesta quarta-feira (20).
A pesquisa encontrou 6.548 pessoas cadastradas como falecidas, quase 23 mil famílias com renda per capita acima do limite para o recebimento do benefício e quase 48 mil pessoas com vínculo empregatício na data de corte para ter o direito ao auxílio. O estudo foi enviado ao governo estadual na última semana, antes do início do pagamento dos benefícios.
De acordo com o Tribunal de Contas, a investigação foi feita através do cruzamento de dados do CadÚnico, cadastro do governo federal para inserção em programas sociais, e dos sistemas informatizados do órgão, além do SISOBI, sistema informatizado de registros de óbitos, e da GFIP, guia de Recolhimento do FGTS e de Informações à Previdência Social.
Conforme a pesquisa, apenas com as informações de pessoas já falecidas podem ser economizados quase R$ 4 milhões. Já os benefícios destinados às famílias com renda per capita acima de R$ 89,00, valor definido na lei estadual, estariam na casa dos R$ 14 milhões.
O benefício Força-Família foi criado pela Lei Estadual nº 23.801, de 21 de maio de 2021, para ajudar famílias de Minas Gerais em vulnerabilidade social. O auxílio no valor de R$ 600,00, será pago em parcela única a famílias com renda mensal de até R$ 89,00 por pessoa, inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico).
A reportagem da Itatiaia entrou em contato com o Governo de Minas e aguarda uma resposta.