Mais um reajuste, o sexto anunciado pela Petrobras neste ano, chega às refinarias nesta terça-feira. A previsão é de que o impacto seja sentido nos postos de combustíveis até a semana que vem, conforme análise do economista Felipe Leroy, que destaca: “Se continuar neste ritmo, em breve, o preço do litro da gasolina estará próximo dos R$ 6 e o diesel dos R$ 5”.
O impacto extrapola e afeta mais do que os que necessitam abastecer. O preço dos alimentos também fica mais caro e o poder de compra dos brasileiros é reduzido, explica Leroy,
“Complica a vida de todos nós, brasileiros. A manteiga, o arroz, o feijão chegam mais caro porque o frete ficou mais caro. Quando se trata de combustível não tem jeito. Nosso país é continental. Depende de logística rodoviária para o produto chegar à nossa mesa e ele vai estar com preço maior”, destaca.
Sexto reajuste do ano
O reajuste, anunciado nessa segunda (8), faz com que o diesel suba R$ 0,15 por litro e a gasolina R$ 0,23 por litro.
Os novos preços a serem praticados pela estatal serão de R$ 2,86 por litro para o diesel e de R$ 2,84 por litro para a gasolina, confirmou a Petrobras.
O novo aumento segue os preços do petróleo e derivados no mercado internacional, impulsionados pela manutenção do corte de produção dos países exportadores de petróleo (Opep).
Nesta segunda-feira, o petróleo tipo Brent para maio era cotado a US$ 69,45 o barril, chegando perto dos US$ 70 barril, depois de ter chegado a cair a US$ 20 o barril no auge da pandemia (abril/maio) no ano passado.