Prefeitos e Secretários de saúde de municípios que integram a microrregião de Viçosa participaram de uma reunião com o Ministério Público e a Polícia Militar para tratar assuntos ligados ao enfrentamento da pandemia. O MP cobrou ações de fiscalização mais efetivas para coibir, principalmente, as aglomerações clandestinas.
“Estamos vendo a capacidade hospitalar praticamente esgotada e sem a previsão de quando os novos leitos prometidos começarão a funcionar. Por isso, é preciso chamar a responsabilidade dos gestores para o enfrentamento da pandemia”, afirmou o promotor de Saúde, Dr. Luis Cláudio Magalhães, que esteve na reunião.
Durante o encontro, foi exposta a dificuldade dos municípios da região de se articularem com base nas ações adotadas em Viçosa, uma vez que as medidas estaduais do Minas Consciente ainda são complementadas com ações municipais localizadas. “Os municípios caminhavam em conjunto para a migração para a onda roxa do Minas Consciente, de forma voluntária. Entretanto, a administração de Viçosa não prosseguiu e manteve o status da onda vermelha”, explicou o promotor.
O Ministério Público recomendou aos municípios que fossem adotadas medidas em conjunto, para reforçar os trabalhos. Dr. Luis Claudio reconheceu que os recursos humanos são escassos, mas disse que “a atuação em rede, com apoio da polícia e de forma efetiva, pode dar resultados”.
MUDANÇAS NO COES
A atuação do Centro de Operações de Emergência em Saúde (Coes) também foi discutida durante a reunião. Fontes ouvidas pelo Folha da Mata confirmaram que há um desgaste na relação entre os membros do Coes e o executivo municipal, principalmente em relação à divulgação das informações.
Por isso, a composição do comitê deverá passar por mudanças, para se tornar um espaço de discussão mais técnico e ser um órgão consultivo mais eficiente para a gestão da pandemia.
O promotor recebeu o convite para integrar o grupo, como membro observador, mas disse que recusou o convite neste primeiro momento.